domingo, 31 de março de 2013

ORIGEM DA VILA CERRITO




Alkindar Matos Rocha, filho do Seo Nhonho, um cidadão muito querido em nossa Cidade. Alkindar, inclusive,  foi agraciado pela Câmara Municipal como Cidadão Douradense.
É tsmbém  presidente de honra da Família Mattos

Para entender a história da Vila Cerrito é necessário retrocedermos à década de 1930 e fazermos um resgate histórico de um personagem muito especial, o Sr. Francisco de Matos Pereira , o qual, nesta época tomou posse de uma grande área de terras devolutas na região, na qual  localiza-se Vila Cerrito.
O Seo Alkindar Matos Rocha, neto do mesmo revelou que, naquele período histórico, quem desejasse ter terras em Dourados, não precisava comprá-las; bastava, tão somente que, delas se apossasse, e depois, com um pouco de paciência, e mediante o pagamento de uma taxa ao governo estadual, sediado em Cuiabá, as legalizasse. Esta legalização, além do pagamento de taxas, exigia dos interessados se deslocarem até Cuiabá (capital do Mato Grosso, que naquele momento, incluía o atual Estado de Mato Grosso do Sul). Estes deslocamentos e exigências se constituíram, certamente – o grifo é nosso - em impedimento para posseiros de menor poder aquisitivo, legalizarem suas respectivas posses.
 Em 1935 – auge do ciclo da Erva Mate no Estado de Mato Grosso - os ervais, estavam localizados nas terras, que atualmente pertencem ao Estado de Mato Grosso do Sul - até 1977 fazia parte do Estado de Mato Grossoeste produto, era  base da economia do sul de Mato Grosso-  o Sr. Francisco de Matos, plantou 2.000 pés de Erva Mate, a partir do Chacorru, local onde construiu a sede da sua propriedade e no qual, existe até os dias de hoje, parte dos citados ervais. No Chacorru construiu também um barbaquá para o preparo da erva mate.
Com a morte do Sr. Francisco Matos, estas terras, já legalizadas




Antônio Alves Rocha (Seo Nhonho)
Primeiro comerciante da Vila Cerrito.
Nhonho,atuou como
mensageiro do Exército  Constitucionalista (veja foto ao lado), movimento armado,que eclodiu  em 1932, sob a liderança  do Estado de São Paulo, na esperança de fazer que a Constituição Brasileira fosse respeitada por Getúlio Vargas.
Embora, o movimento não tenha sido vitorioso no combate, do ponto de vista moral, o foi do ponto de vista moral, tendo em vista que Getúlio Vargas, em 1932, fez uma nova Constituição para o País, como estratégia para ter governabilidade e acalmar os constitucionalistas.
 É oportuno lembrar que o Sul do Estado de Mato Grosso, aderiu ao movimento, tendo sido nomeado por São Paulo, o Sr.Julio Mascarenhas como governo do mesmo, e qual se declarou desmembrado do Estado de Mato Grosso, autodenominando-se Estado de Maracaju, situação que se sustentou por dois meses.

foram herdadas pelos seus filhos, dentre eles, o Sr. Antonio Alves Rocha ( o Nhonho), que diga-se de passagem, se estabeleceu com a Casa Comercial Cerrito  (bolicho), no ano de 1938. Isto explica o porque  desta Vila ser  denominada de Cerrito. Neste bolicho era comercializado de tudo (alimentos, cachaça, fumo de corda e até o Puitâ - rolo de tecido, colorido, aliás um artigo produzido no Paraguai). Seo Nhonho, visando atrair mais fregueses para o seu comércio, construiu também uma Cancha nas imediações do bolicho.
Nhonho era farmacêutico, e em seu bolicho, também medicava e vendia remédios, receitados por ele próprio.
Além de comerciante e farmacêutico, foi funcionário público do Sistema de Proteção ao Índio (SPI), equivalente a atual FUNAI,
Nhonho, conforme informações prestadas pelo seu filho, Alkindar Matos Rocha, fez parte das forças constitucionalistas (movimento liderado pelo Estado de São Paulo, o qual exigiu, no ano de 1932, que Getúlio Vargas respeitasse a Constituição Brasileira.
Ainda de acordo com Alkindar, Seo Nhonho,  trabalhou como funcionário no Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Por ser funcionário deste órgão, morou muitos anos, na missão indígena – onde funciona um hospital e uma escola religiosa – a qual, desde aquela época, é mantida graças a uma ação da igreja presbiteriana.
 Alkindar revelou que, ele próprio, além de ter nascido na Missão, morou muitos anos lá, com Seo Nhonho (seu pai), e que por conta disso, tem um bom entendimento da questão indígena
. Alkindar nos informou que as áreas onde estão localizadas atualmente a UFGD, a UEMS, o Aeroporto Francisco, foram doadas pelos descendentes de de Francisco Matos foram doadas, dentre os doadores, destacou o seu tio e ex-prefeito de Dourados, Antonio Carvalho: 

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