domingo, 28 de janeiro de 2018

 


O Núcleo Popular do PSOL/Dourados, criado em Agosto de 2017, aliás,  o primeiro e  o único existente, em seu primeiro semestre de existência,  desenvolveu várias atividades, dentre elas, as de formação política e de estudo das contradições presentes nas sociedades brasileira e douradense. Também estreitou relações com o Núcleo Anticapitalista  do PSOL de Campo Grande.

 
Reunião ocorrida em um bar em Campo Grande,

após o término do VI Congresso Estadual do PSOL em Mato

 Grosso do Sul, com a presença dos integrantes do Núcleo Anticapitalista

 (PSOL de Campo Grande) e do Núcleo Popular (PSOL de Dourados)

O Companheiro Cláudio Reis é o Secretário de Formação Política do Núcleo. Para organizar esta primeira etapa da formação política no núcleo, Claudio Reis propôs uma análise sobre as contradições, os desafios, os limites, as possibilidades e as perspectivas presentes nas sociedades brasileira, douradense e nos coletivos partidários do PSOL, nos planos nacional, estadual e municipal.

Uma vez tendo feito a apropriação de todos estes aspectos, formulou uma proposta de formação política que foi submetida aprovação dos demais companheiros do Núcleo, colocando a Centralidade da Luta de Classes no Século XXI para a inserção e ação qualificada do PSOL junto aos diversos movimentos sociais existentes em Dourados: Indígenas, Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), Gênero e Estudantil. Também propôs a discussão sobre a história do PSOL (origem, fundação e como este Partido atuou nos seus 12 anos de existência e qual a relevância do mesmo para a emancipação dos trabalhadores e no processo de construção de uma sociedade superior que aponta rumo ao socialismo).

Estes temas foram abordados evidenciando que todos os movimentos sociais comprometidos com os setores oprimidos, marginalizados, discriminados, etc., na sociedade brasileira, não devem empreender uma luta referenciada apenas aos aspectos corporativistas. Precisam entender que o sucesso, por exemplo, da luta das mulheres, indígenas e outros só será consequente se estes movimentos entenderem que a “resolução” dos seus desafios, possibilidades e contradições são indissociáveis da luta de classes. Dito em outras palavras, uma vez superadas as contradições da luta de classes, grande parte dos problemas vivenciados por estes movimentos resultarão igualmente superados. Nestas formações se fizeram presentes trabalhadores manuais e intelectuais, de movimentos sociais (indígena, LGBT, estudantil, juvenil, pastoral da terra, sindical, negros e negras).

“Termos participantes com variados perfis e isso nos dá a certeza de que estamos conseguindo desenvolver um trabalho de reflexão que interessa a classe trabalhadora no seu conjunto e não apenas a algumas categorias, destacou Claudio Reis”. Concebemos a construção o PSOL numa perspectiva marxista, qual seja, construirmos um Partido que compreenda que a teoria deve ser coerente com a prática e o programa do PSOL.


 

Reunião de estudo ocorrida no dia 28 de novembro

de 2017, na sede a ADUF, sobre a Luta de Classes

e o Movimento LGBT.

Por outro lado, Enio Ribeiro, responsável pela Secretaria de Articulação do Núcleo afirmou que a cada formação, muitas pessoas que delas participaram o  procuraram e manifestaram o desejo de se filiarem ao PSOL. Segundo Enio Ribeiro a forma como estamos conduzindo o núcleo é correta e coerente com um partido que se propõe a transformar a sociedade na perspectiva que a classe trabalhadora deseja.

Enio Ribeiro, responsável pela Secretaria de Articulação do Núcleo lembrou que a comprovação de que estamos indo no caminho certo é a de que, a cada formação, muitas pessoas que participaram das mesmas e não são filiadas, nos procuram e manifestam o desejo de se filiarem, oriúndas dos mais variados movimentos e categorias de trabalhadores (jovens, mulheres, professores, estudantes, pequenos comerciantes, etc ). Enio Ribeiro revelou que com frequência tem sido abordado por diversas pessoas perguntando “como devem proceder para participarem das reuniões do PSOL e para filiarem-se ao Partido?

Também no núcleo tem sido dispensada muita atenção para com a comunicação, a qual tem a frente o Companheiro Franklin, responsável pela divulgação das nossas formações. Existe preocupação com os mais variados detalhes, arte, estética, mensagem, precisão da informação, etc. de cada formação. Já o companheiro Deoclécio, responsável pela finança do Núcleo que apesar de muito pequena, por conta da ação extremamente planejada e racional na realização das diversas atividades do núcleo, os resultados atingidos têm sido maximizados. Completando o quadro temos os companheiros(as) Paulo Paim (artista e militante do movimento LGBT), Danielle (feminista e militante do movimento de mulheres negras), professor Julio César (sindicalista), Bianca (estudante e militante feminista) todos e todas estão desenvolvendo ações importantes, articuladas e coerentes ao planejamento feito pelo Núcleo.

 
Reunião de avaliação dos trabalhos

desenvolvidos pelo Núcleo (03/12/2017)

 O resultado de todo este processo, é que a nossa ação vai se dando de forma cada vez mais qualificada já que todos os componentes deste núcleo partem do entendimento de que um Partido Político que se propõe ser revolucionário, anticapitalista e classista para ser um instrumento a serviço da classe trabalhadora no seu conjunto não deve limitar a sua ação apenas as disputas eleitorais no parlamento e no poder executivo nos planos municipal, estadual ou federal. O PSOL, de acordo com a concepção adotada pelo núcleo parte do entendimento de que um Partido de Esquerda e que busca construir uma sociedade socialista deve preocupar-se em adotar práticas que contribuam para a construção do poder popular e radicalizar no exercício da democracia participativa.

Enio Ribeiro de Oliveira
Professor de Geografia da Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul

Militante do PSOL (Dourados –MS)

 Dourados, 21 de Dezembro de 2017.