sábado, 30 de março de 2013

FAMÍLIA TIBIRIÇÁ, A GUARDIÃ DA VILA CERRITO

 A Casa comercial Cerrito - naquela época  denominada popularmente de bolicho-  foi a primeira a existir na Vila Cerrito, tendo como  primeiro proprietário, Antônio Alves Rocha (Seo Nhonho) e por guarda livro (contador) o Sr. Abílio Ferreira, pai do advogado e lavrador, José Tibiriçá.
Em artigo que escrevera sobre a Vila Cerrito, e publicado no Jornal Virtual, DouradosNews, Jose Tibiriçá, assim se expressou: “ No ano de 1938 meu pai Abílio Ferreira, já falecido e minha mãe Jahyr Martins Ferreira, hoje com mais de 93 anos, moraram primeiramente no Cerrito e somente em 1940, se mudaram para a Picadinha”... Meu pai ali trabalhou, era seu guarda-livros e do lado direito morava dona Celestina Pedroso, cujo filho, João Pedroso, é proprietário da Chácara São João, lado direito do trevo. Como vizinhos tem os netos de João Gomes, alguns membros da família Fonseca como o Assis, cuja família outrora ali fora numerosa e a família Amaral, cujos descendentes, em sua maioria vivem na Vila Matos e Aurora e outros bairros da cidade de Dourados.”...!


Abílio Ferreira, o Guarda Livro da
 Casa Cerrito
A Casa Cerrito posteriormente foi vendida ao Sr. José de Matos Pereira, (conhecido por Juca de Matos), um dos proprietários da Fazenda Azulão naquela região. Hoje alguns de seus descendentes e parentes ainda são proprietários de terras na região, dentre eles, a dona Zaida o Geremias (Queijo), o Ademir (Chacorru) e José Carlos Cimatti Pereira.”
Alguns anos depois, Antonio Rocha (Seo Nhonho) se estabeleceu com a Farmácia Galeano, na cidade de Dourados, a qual, atualmente não existe mais. Porém, o Seo Nhonho estava determinado a atuar no ramo farmacêutico, e estabeleceu-se mais  uma vez com a Farmácia Popular, esta sim,aberta até os dias de hoje, diga-se de passagem a mais antiga farmácia do Município em atividade.
José Tibiriçá, cuja família integra o grupo de primeiros moradores da Vila Cerrito, tem vínculo afetivo muito forte com a Vila.
Eis a razão do  porquê Tibiriçá estar travando de forma obstinada, uma grande luta, cujo objetivo é o de impedir que a Vila perca a sua identidade, tendo em vista que, pelo fato de terem sido instaladas nas suas imediações, as Universidades Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Federal da Grande Dourados (UFGD), muitos já a denominam de a Cidade Universitária.
José Tibiriçá, já publicou diversos artigos, explicando, o porque de a Vila ser denominada de Cerrito, qual seja, em meados do século XX, ali trabalhavam muitos paraguaios como ervateiros, e pelo fato de existirem Cerros (pequenos morros), o lugar passou a ser denominado de Cerrito, escrito com C, já que a palavra é de origem espanhola e escrita com a letra C.
Além da luta pela identidade da Vila, Tibiriçá tem participado de outras lutas que visam trazer melhorias nas condições de vida da população lá residente, tais como: ampliação da Rodovia Guaicurus, colocação de quebra-molas e de ponto de ônibus circular.
Interessante é que tanto Abílio Ferreira (o pai), e Tibiriçá (filho de Abílio), o primeiro na condição de guarda livro da Casa Cerrito, e o segundo de morador na região se caracterizaram por tratarem com muita abnegação e carinho dos interesses, respectivamente da Casa e da Vila Cerrito, por isso mesmo, se constituíram em guardiões das da Vila.
Demonstraram ao longo de suas vidas, com exemplos concretos, o que é sentimento de pertencimento e de gratidão a um lugar.


Leia, Vila Cerrito, por José Tibiriçá

Artigo publicado no Jornal Virtual Douradosnews,  02/09/2011 12h02, redigido por José Tibiriçá
Este artigo é uma das tantas contribuições de José Tibiriçá com a Vila Cerrito.Tibiriçá tem sido incansável em sua luta para que esta Vila receba a devida atenção das autoridades e da sociedade douradense

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Todos os dias presenciamos milhares de universitários, alguns de carro, de vans, de motocicleta, bicicleta, de ônibus se deslocarem em direção à VILA CERRITO, percorrendo a rodovia Guaicurus, nome em homenagem aos índios pantaneiros que combateram na guerra da tríplice aliança, cuja participação foi importantíssima para derrotar a força paraguaia.
O progresso é muito importante, mas muitas vezes obscurece o passado e o tempo se encarrega de olvidá-lo. É o caso do lugar chamado inicialmente de dois portões, portão do Onofre até ser batizado definitivamente de CERRITO, devido aos cerros, pequenos acidentes geográficos próximos da região. Como a região era habitada por muitos paraguaios que trabalhavam no cultivo da erva mate, na derrubada da mata para a exploração da madeira, única mão-de-obra profissional nesse manejo, a região passou a ser chamada de Cerrito, com C, por influência da língua espanhola. Hoje é uma vila bastante progressista, que se iniciana curva da antiga pedreira douradense, passando pelas Sementes Guerra até onde estão instaladas as duas universidades, os quartéis, o centro de tradição gaúcha, a Escola Municipal Albano José de Almeida, o cemitério da família Pedroso e o dos luteranos.
No ano de 1938 meu pai Abílio Ferreira, já falecido e minha mãe Jahyr Martins Ferreira, hoje com mais de 93 anos moraram primeiramente no Cerrito, somente em 1940 se mudado para a Picadinha. Na década de 30 existiauma casa de comércio do lado esquerdo, onde está funcionando hoje uma borracharia, cuja nome era Casa Cerrito, de propriedade do Sr. Antonio Alves Rocha (Seo nhonhô), fundador da farmácia Popular em 1949. Meu pai ali trabalhou, era seu guarda-livros e do lado direito morava dona Celestina Pedroso, cujo filho João Pedroso é proprietário da Chácara São João do lado direito do trevo. Como vizinhos temos netos de João Gomes, alguns membros da família Fonseca como o Assis, cuja família outrora ali era numerosa, como a família Amaral, cujos descendentes na maioria vivem na Vila Matos e Aurora e outros bairros da cidade de Dourados.
A casa Cerrito foi posteriormente vendida ao Sr. José de Matos Pereira, conhecido por Juca de Matos, um dos proprietários da Fazenda Azulão naquela região. Hoje alguns de seus descendentes e parentes ainda são proprietários na região como a dona Zaida, Geremias (queijo), Ademir (chacurru), José Carlos Cimatti Pereira. Com o tempo foi construído o Aeroporto Municipal Francisco de Matos Pereira, os quartéis, o CTG, a empresa Sementes Guerra, duas universidades, uma federal a UFGD e a outra estadual, UEMS, mudando assim a região. Em 1978 foi construído o asfalto Dourados-Vila Cerrito - Picadinha – Placa do Abadio até chegar no Itahum.
Chegou a lavoura mecanizada, cuja região é um polo de grande desenvolvimento, tanto na pecuária, agricultura e ultimamente na plantação dos canaviais e implantação de usina, próximo à região do Peroba.
A Vila Cerrito hoje tem ar de uma pequena cidade satélite de Dourados, devido ao movimento na parte da manhã, meio dia e no final da tarde, em virtude do fluxo enorme de universitários que entram e saem nos finais de expediente, Lá existem muitos funcionários públicos que trabalham nas universidades, outros que são empregados terceirizados. O local já possui muitos bares, lanchonetes, a borracharia do Gumercindo. Lá vive o Sr.
Aristides, com quase 90 anos com sua família, cuidando da sua sapataria e fazendo os consertos de arreios, buçais. Ao lado do aeroporto mora também Seo Ranulfo com idade também avançada, pessoas que viram o progresso chegar e deram sua contribuição com o trabalho.
Muitos eventos tem acontecido no Cerrito, tendo a população da nossa cidade estado presente, tanto no CTG, como nas apresentações da força aérea no aeroporto, nas festividades militarese nas palestras que são proferidas nas duas universidades.
Tudo isso que narrei tem uma finalidade principal de divulgar a VILA CERRITO, uma vez que nossos dirigentes do poder público omitem o seu nome. A maioria dos estudantes universitários que ali frequentam são de fora, como o corpo docente e muitos funcionários. Se perguntarmos a muitos deles qual o nome daquele lugar, eles não sabem e quando dissemos Vila Cerrito, eles estranham, pois não existe nenhuma placa de identificação.
Quem vem de fora não tem a obrigação de saber, assim vão chamando de cidade universitária, vila aeroporto, tudo errado. É culpa de quem? Dos nossos governantes, dos nossos vereadores e de nós douradenses que devemos estar vigilantes, onde está a atuação dos componentes do Centro Cívico 20 de Dezembro?
Certa vez levantei a questão do trecho de quase 10 km de terra da universidades/aeroporto em direção à rodovia 463, Dourados/Ponta Porã/Campo Grande, uma vergonha, afinal já disseram que consta como asfaltado e pode ser até verdade, pois é comum isso acontecer no Brasil e também em nosso Município, visto que iniciaram a Perimetral Norte, pagaram parte dela e agora estão construindo o Anel Aviário na mesma direção com outro nome.

José Tibiriçá, um lutador para que a Vila continue
Sendo denominada de Cerrito

No último artigo que escrevi, sugeri que o trecho de estrada ao ser asfaltado fosse nominado de João Gomes, um udenista exemplar e parece que vai pegar, pois o nosso vereador Albino Mendes em um dos seus pleitos na Câmara Municipal a chamou de estrada João Gomes. Seria uma homenagem justa a um ex-funcionário municipal que veio da região de Garrucha-RS, ali viveu muitos anos, foi comerciante, criou sua família e deixou muitos descendentes em nosso município.
Ontem participei do debate sobre a mudança do perímetro urbano da nossa cidade, várias autoridades estavam presentes, quando reivindiquei a delimitação do perímetro urbano do Distrito da Picadinha, distante do Cerrito cerca de 3 km, pois muitas coisas deixam de lá acontecer por este motivo. Esses debates são muito importantes, pois podemos apresentar sugestões e ficarmos a par do que acontece no município. Sugeri ao Presidente da Câmara que reivindicasse ao poder público estadual que identificasse a Vila Cerrito, bem como solicitasse ao Prefeito Municipal que tomasse providência com relação delimitação do perímetro urbano da sede do Distrito de Picadinha.
José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado, pequeno produtor rural na Picadinha e secretário geral da comissão provisória do PSD em Dourados.


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