sexta-feira, 5 de julho de 2019

A REVOLUÇÃO VERDE, PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS



A Revolução Verde foi o nome dado as práticas introduzidas na agricultura ao final dos anos 1950 e início dos anos 1960, dentre elas, uso de agrotóxicos, mecanização, fertilizantes químicos, melhoramento genético, visando aumentar a produtividade, reduzir custos de produção e combater a fome no Planeta.
Decorridos pouco mais 60 anos, é inegável que houve avanços na concretização dos objetivos propostos, inclusive, no combate a fome, embora muito aquém do necessário. 
No entanto, alguns efeitos colaterais se apresentaram e são preocupantes. Mencionarei aqui, alguns deles: alimentos com percentual de veneno acima dos limites aceitáveis, logo, muito danosos a saúde pública; prejuízos a biodiversidade, já que muitas espécies vegetais e animais foram extintas ou estão ameaçadas de extinção; poluição das águas e compactação dos solos.
A Revolução Verde, é bom que se diga, foi uma "saída" encontrada pelos governantes, especialmente dos EUA e pesquisadores cujas atividades estão relacionadas ao setor agropecuário(agrônomos,veterinários, zootecnistas, etc),para resolver o problema das indústrias químicas e máquinas pesadas (tratores, caminhões, colheitadeiras, etc), as quais, terminada a 2ª Guerra Mundial, ficaram ociosas. A agricultura se constituiu no grande mercado de consumo aos produtos produzidos por estas indústrias.
Para tanto, as instituições financeiras internacionais, dentre elas o FMI, criada, não por coincidência, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial, passaram a condicionar os financiamentos aos governantes dos países interessados que procuravam esta instituição em busca de recursos para o setor agropecuário, somente se fizessem opção pela Revolução Verde.
O Brasil é um exemplo de adesão a Revolução Verde, sendo que o agricultura brasileira tornou-se muito competitiva, respondendo, atualmente, por cerca de 40% da entrada de divisas para o País.
Todavia, precisamos estar atentos aos efeitos colaterais e citarei aqui, apenas um, qual seja, o uso de agrotóxicos recorrendo-se, especialmente a aviação está dizimando intensamente as abelhas (responsáveis pela polinização das plantas). Segundo a Associação de Apicultores, de dezembro de 2018 até agora, o uso de agrotóxicos nos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, implicou na morte de cerca de 500 mil abelhas.
Temos que achar um ponto de equilíbrio, caso contrário, podemos inviabilizar a vida no Planeta, já que, sem abelhas, adeus polinização das plantas, logo de produção de alimentos.