Alkindar Matos Rocha, filho do Seo Nhonho, um cidadão muito querido em nossa Cidade. Alkindar, inclusive, foi agraciado pela Câmara Municipal como Cidadão Douradense.
É tsmbém presidente de honra da Família Mattos
Para entender a história da Vila Cerrito
é necessário retrocedermos à década de 1930 e fazermos um resgate histórico
de um personagem muito especial, o Sr. Francisco de Matos Pereira , o qual,
nesta época tomou posse de uma grande área de terras devolutas na região, na qual localiza-se Vila Cerrito.
O Seo Alkindar Matos Rocha, neto do
mesmo revelou que, naquele período histórico, quem desejasse ter terras em
Dourados, não precisava comprá-las; bastava, tão somente que, delas se apossasse,
e depois, com um pouco de paciência, e mediante o pagamento de uma taxa ao
governo estadual, sediado em Cuiabá, as legalizasse. Esta legalização, além do
pagamento de taxas, exigia dos interessados se deslocarem até Cuiabá (capital
do Mato Grosso, que naquele momento, incluía o atual Estado de Mato Grosso do
Sul). Estes deslocamentos e exigências se constituíram, certamente – o grifo é nosso - em impedimento para posseiros de menor poder
aquisitivo, legalizarem suas respectivas posses.
Em 1935 – auge
do ciclo da Erva Mate no Estado de Mato Grosso - os ervais, estavam localizados
nas terras, que atualmente pertencem ao Estado de Mato Grosso do Sul - até 1977 fazia parte do Estado de Mato Grosso, este produto, era base da economia
do sul de Mato Grosso- o Sr. Francisco de Matos, plantou 2.000 pés de Erva Mate, a
partir do Chacorru, local onde construiu a sede da sua propriedade e no qual,
existe até os dias de hoje, parte dos citados ervais. No Chacorru construiu
também um barbaquá para o preparo da erva mate.
Com a morte do Sr. Francisco Matos,
estas terras, já legalizadas
Antônio Alves Rocha (Seo Nhonho)
Primeiro comerciante da Vila
Cerrito.
Nhonho,atuou como
mensageiro do Exército Constitucionalista (veja foto ao lado),
movimento armado,que eclodiu em 1932,
sob a liderança do Estado de São Paulo,
na esperança de fazer que a Constituição Brasileira fosse respeitada por
Getúlio Vargas.
Embora, o movimento não tenha sido
vitorioso no combate, do ponto de vista moral, o foi do ponto de vista moral, tendo em vista que
Getúlio Vargas, em 1932, fez uma nova Constituição para o País, como estratégia
para ter governabilidade e acalmar os constitucionalistas.
foram herdadas pelos seus filhos, dentre eles, o Sr.
Antonio Alves Rocha ( o Nhonho), que diga-se de passagem, se estabeleceu com a
Casa Comercial Cerrito (bolicho), no ano
de 1938. Isto explica o porque desta Vila ser denominada de Cerrito. Neste bolicho era comercializado de tudo (alimentos,
cachaça, fumo de corda e até o Puitâ - rolo de tecido, colorido, aliás um artigo
produzido no Paraguai). Seo Nhonho, visando atrair mais fregueses para o seu
comércio, construiu também uma Cancha nas imediações do bolicho.
Nhonho era farmacêutico, e em seu bolicho,
também medicava e vendia remédios, receitados por ele próprio.
Além de comerciante e farmacêutico,
foi funcionário público do Sistema de Proteção ao Índio (SPI), equivalente a
atual FUNAI,
Nhonho, conforme informações
prestadas pelo seu filho, Alkindar
Matos Rocha, fez parte das forças constitucionalistas (movimento liderado pelo Estado de São Paulo, o qual exigiu, no ano de
1932, que Getúlio Vargas respeitasse a Constituição Brasileira.
Ainda
de acordo com Alkindar, Seo Nhonho, trabalhou como funcionário no Serviço de
Proteção ao Índio (SPI). Por ser funcionário deste órgão, morou muitos anos, na
missão indígena – onde funciona um hospital e uma escola religiosa – a qual,
desde aquela época, é mantida graças a uma ação da igreja presbiteriana.
Alkindar revelou que, ele próprio, além de ter
nascido na Missão, morou muitos anos lá, com Seo Nhonho (seu pai), e que por
conta disso, tem um bom entendimento da questão indígena
. Alkindar nos informou que as áreas onde estão localizadas
atualmente a UFGD, a UEMS, o Aeroporto Francisco, foram doadas pelos descendentes de de Francisco Matos foram doadas, dentre os doadores, destacou o seu tio e ex-prefeito de Dourados, Antonio
Carvalho:
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